Se você assistiu a série The Crown da Netflix, deve ter percebido que a Rainha Elizabeth se utiliza de conselheiro(s) consultivo(s) quando está prestes a tomar uma decisão importante. Ouvir o ponto de vista de especialistas a respeito do tema é a forma para construir sua própria opinião mais abrangente e completa.
Por mais que sejam instituições diferentes, é possível traçar um paralelo entre a série e o dia-a-dia de uma corporação ou startup. Ambas apresentam diversos desafios relacionados a estrutura (longevidade da monarquia), finanças (orçamento proposto pelo parlamento inglês), marketing (necessidade de manter a popularidade do monarca e seus membros em alta), processo (atualizar constantemente os preparativos para a sucessão ao trono) e relacionamento (tratar com relevância o reconhecimento de todos os membros e fazer a gestão de crises).
Utilizando a série como exemplo, note que o aconselhamento de negócios é para todos que tomam decisões. Mesmo que você exerça o cargo de liderança em sua empresa ou seja um(a) empreendedor(a).
A seguir, listarei alguns mitos a respeito do aconselhamento de negócios.
Mito #1: Estou rodeado de pessoas incríveis, portanto, não preciso de aconselhamento de negócios
Na série, a Rainha Elizabeth é assistida por um conselheiro pessoal e, ainda assim, em determinadas situações busca outros profissionais que estejam melhor posicionados. Para exemplificar, o primeiro-ministro pode dar melhores informações e mais atualizadas sobre a economia do país do que qualquer outra pessoa.
Mesmo com profissionais altamente competentes em sua empresa ou startup, um conselheiro externo sempre traz novos aportes e insights valiosos.
Isto porque o conselheiro consultivo não está sujeito a pressão política interna e não possui interesse pessoal ou profissional no resultado. Assim, pode ser totalmente imparcial na sua atuação e dar ao gestor ferramentas importantes para que a melhor decisão seja tomada.
Mito #2: O aconselhamento de negócios torna o processo de decisão lento
O conselheiro de negócios investiga, coleta dados e questiona para compreender o cenário, ferramentas e limitações. Prioriza entender as preocupações do aconselhado para orientar efetivamente.
Certas decisões exigirão extenso tempo para consolidar os insumos recebidos. O crucial é que o consultor seja altamente especializado, acelerando significativamente este processo.
Na série, a Rainha Elizabeth pede conselhos aos Cardeais e aos seus netos antes de conceder a aprovação ao Príncipe Charles com Camila Parker. Por mais que fosse uma grande decisão a tomar, ao final do mesmo dia, Príncipe Charles recebeu sua resposta.
Mito #3: O aconselhamento de negócios torna o líder frágil perante seus pares e liderados
A vulnerabilidade não está em admitir a necessidade de conselhos para decisões, mas em negligenciar que ninguém domina completamente tudo.
Na série, a Rainha Elizabeth, diante de uma decisão importante, externaliza que consultará seu(s) conselheiro(s) para formalizar sua resposta.
Mito #4: O conselheiro tomará a decisão por mim
O conselheiro participa do processo de construção fornecendo elementos importantes que enriquecerão o resultado, no entanto, a tomada de decisão será sempre do aconselhado. Faz parte do papel do conselheiro, por mais que uma situação pareça estar favorável a uma certa decisão, não influenciar nesta escolha.
Na série, a Rainha Elizabeth não se abstém da responsabilidade de suas escolhas, mesmo que estas não gerem resultados positivos.
Conclusão
O conselheiro, atua em diversas empresas em termos de tamanho e indústria, possui redes de relacionamento distintas da sua, facilitando a exploração de casos semelhantes ao dilema atual.
Entre em contato rini para conhecer mais.